O dia 25 de agosto – Dia do Soldado é uma data representativa na vida castrense e marcante na Polícia Militar de Alagoas, pois é data regulamentar para as promoções de oficiais e praças, como também ocorre no dia 03 de fevereiro. Mas apesar da expectativa, o dia não foi de festa na Briosa, pelo contrário, a tropa recebeu mais um presente de grego do governo do Estado: o retorno do atraso do certame de promoção dos oficiais e o descumprimento das prerrogativas garantidas por Lei aos Militares Estaduais. E de quem é a culpa? Ou melhor, a quem direcionar a culpa?
Como uma Instituição centenária com vasto serviço prestado à sociedade, seja nas ações voltadas ao combate à criminalidade, bem como, alicerçando o trabalho de setores estratégicos do Estado, com dezenas de Policiais Militares atuando na Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Palácio do Governo, Ministério Público, Tribunal de Contas, Secretaria de Segurança Pública, dentre outros, mas ainda recebe tanta ingratidão dos poderes constituídos. Por que estes poderes insistem em desconsiderar a legislação peculiar dos Militares Estaduais? Por que não teve a promoção dos oficiais? Por que um militar da ativa foi recolhido para um estabelecimento prisional comum? Se em Alagoas não existe Presídio Militar Feminino, qual o motivo de não encaminhar a militar para Academia da Polícia Militar – unidade da PM que já serve de estabelecimento prisional para dois advogados. Por que a PMAL, sempre solícita, atende aos interesses de outros, mas não luta pelos próprios?
E quanto mais se reflete, maior o questionamento. A Corporação é forte para servir e proteger, mas ainda frágil para cobrar e consolidar o respeito às prerrogativas que possuem. E a conta deve ser dividida para todos que integram a Polícia Militar, independente de ser oficial ou praça e do cargo que ocupe, pois reflete a falta de consciência política e representativa de muitos. A PMAL merece respeito, seus homens e mulheres que trabalham diariamente em prol da sociedade, também merecem respeito.
E quem poderá defender a Briosa? E quem poderá defender os interesses de centenas de Policiais Militares prejudicados no constante imbróglio que permeia as promoções da PMAL? Faça sua parte! Seja mais que um militar disciplinado, seja um cidadão esclarecido que não se ilude com discursos aos ventos, que conhece seus direitos e o poder que o conhecimento de suas prerrogativas trazem. A Associação dos Oficiais Militares de Alagoas – ASSOMAL, fez seu dever de casa, tanto na defesa da prerrogativa do local de custódia dos militares recolhidos na Operação Rastro, como também na cobrança da responsabilidade do Governo de Alagoas em cumprir o que é de sua EXCLUSIVA responsabilidade no tocante a valorização da tropa.
Maceió/AL, 25 de agosto de 2022
Diretoria Executiva da Assomal